Com cinco derrotas, um empate e apenas uma vitória no Brasileirão da Série B, após o jogo de ontem contra o Barueri não havia a menor possibilidade de contentamento entre o elenco do Clube de Regatas Brasil.
O ídolo da torcida, Júnior Amorim, chegou a desabafar com a conotação de que poderia ser punido severamente, ou seja, com um adeus a Pajuçara. Mas, não se disse arrependido de ter partido para cima do jogador e, por azar, cometido o pênalti que culminou na virada por 2 x 1 do visitante.
“Prefiro errar tentando a que ficar me escondendo”, disse Amorim, mesmo ressaltando que o momento é delicado e reconhecendo que falta ao time profissionalismo. Para ele, a realidade é complicada, cheia de problemas e muitos jogadores não estão preparados para assimilar e trabalhar a situação.
Em sua fala, Júnior Amorim transpareceu a quase convicção de que a derrota de ontem poderia culminar também na sua dispensa. Ele deixou bem claro que no futebol, por mais que se faça, se não conseguir o resultado positivo é penalizado.
“No futebol só tem vaga para a vitória. Ás vezes o conjunto não dar certo. Mais uma vez erramos e sei que muitos vão me elogiar e outros tecerem críticas, mas sempre levo comigo a certeza de que procurei fazer o melhor. No momento não tenho o que explicar. O que a diretoria decidir eu acato”, declara o jogador.
Instigado a falar sobre a situação financeira e o clima de insatisfação que rodeia funcionários e jogadores do Galo da Pajuçara, Amorim foi cauteloso.
“Hoje, como referência da equipe e ídolo da torcida não posso tocar fogo na palha. Há três anos estou aqui e sempre presenciei momentos turbulentos. Então, prefiro apagar esse fogo e ajudar o CRB. O que mais gostaria de ver era um CRB profissional. Em resumo, acho que o torcedor tem todo o direito de cobrar, mas de quem deve ser corado”, conclui.
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